quinta-feira, 4 de maio de 2023

Guardiões da Galáxia Vol. 3 - Uma despedida agridoce

 

Guardiões da Galáxia Vol. 3 chegou nesta quarta-feira (04/05) aos cinemas para fechar a trilogia do grupo, dirigido e roteirizado por James Gunn. Anos atrás, quando foi anunciado o filme deste grupo tão peculiar, muitos não acreditavam que um filme bom poderia ser feito. O filme não foi só bom, mas ótimo, conquistando diversos fãs e mostrando o talento de James Gunn, tornando-se um dos maiores destaques do MCU.

Depois dos acontecimentos de Ultimato, havia algumas pontas soltas para encerrar esta história. E a conclusão da trilogia foi fechada não somente com chave de ouro, tornando-se a melhor do Universo Marvel, mas entrando para os melhores filmes da saga.

O plot da história parece bem simples. Em sua nova missão, os Guardiões precisam encontrar uma forma de salvar um dos seus, Rocket. Atravessando a galáxia, eles descobrirão um vilão muito pior do que imaginavam e a história de origem de seu amigo.

Eu fui extremamente bem preparada para chorar e sofrer neste filme, e mesmo assim não foi o suficiente. James Gunn criou uma história incrivelmente sensível e emocional. Sua habilidade em nos tocar com essa história está de parabéns, principalmente por ele não ter abandonado seu lado cômico e humor escrachado tão marcante em seus filmes. Em um momento você estava rindo e no próximo precisando de um abraço em meio as lágrimas. Gunn deu uma aula com maestria de como fazer uma história tocante e emocionante misturada com pitadas de humor, sem nenhum dos dois lados ficarem forçados e bem natural.

O grupo continua com um carisma incrível, que me fez ser tão fã dos filmes. Individualmente ou em grupo, nós os adoramos! Os atores, todos, sem exceção, dão um show em seus papéis, intensos e mostrando que nasceram para seus personagens (esqueçam o ressentimento por Quill. Chris Pratt sempre será o Star Lord!). Marvel, mais uma vez, mostra que não erra nunca em uma escalação e os atores se entregam demais!

Os personagens continuam com seu desenvolvimento incrível, indo de encontro com tudo que foi mostrado até agora. Vemos Quill lutando contra o luto de perder sua Gamora, ao mesmo tempo que tem esperança e tenta entender que a Gamora de sua realidade não é a mesmo que se lembra. Já esta, vemos um novo lado se seu caminho nunca tivesse cruzado com os Guardiões, mas ainda há pequenos pedaços que lembra aquela que conhecemos.

Mantis e Drax são um ótimo alívio cômico. Mantis tem um visão muito boa dos sentimentos de todos e sabe colocar isso em meio ao grupo, sabendo dos talentos de cada um e como são especiais de seu modo para a harmonia de um todo. Drax é uma grata surpresa. Ele continua não sendo aquele que muitos esperavam, Drax, o Destruidor, mas entendemos qual foi o caminho que Gunn quis traçar desde o primeiro filme. E sim, seu final me fez chorar.

Nebula continua sua jornada de se descobrir quem realmente agora que foi desvinculada de Thanos e se mostra uma peça importante no grupo, e fazendo uma ponte entre Quill e Gamora. Tenho que dizer que adoro o jeito todo irritado e tentando se fazer de durona, mas que protege quem ama.

Grott é perfeito sempre! Sem mais! Cosmo é uma fofura e preciso mais dela!

Mas o filme é inteirinho do Rocket! O personagem roubou a cena em cada suspiro que dava, tanto em seu passado sendo desvendado quanto no presente. Desde o Vol. 1, James Gunn tem nos preparado para o passado do personagem. Ele não poderia vir em momento melhor. Rocket sempre foi meu personagem preferido, principalmente após Ultimato. Mas o que foi feito neste filme, meu Deus, o lencinho ficou o tempo todo na mão. E que sensibilidade ao mostrar sua história!

E em sua história que nos é apresentado o vilão, o Alto Evolucionário. E QUE VILÃO! Com certeza, o mais odiado de todo o MCU. Enquanto outros foram montados pelas circunstâncias e nós até entendemos um pouco seu lado, este é puro egoísmo e sadismo. Ele não possui arrependimentos e nem escrúpulos. Não tem dó e faz de tudo para conseguir o que quer: um mundo utópico perfeito. Chukwudi Iwuji está de parabéns em sua atuação!

E não podemos não mencionar o que faz Guardiões os Guardiões, além do humor. A trilha sonora está perfeita e marcante! Aliás, a primeira cena já começa com um tiro no coração com Creep e um plano sequência fantástico! Como sempre, a MixTape possui um papel importante na história, indo muito além do que somente o fundo sonoro para cenas marcantes.

As cenas de ação e lutas também estão excelentes, muito bem coreografas e cheia de emoção (com um fundinho de humor). O visual também está um deleite! CGI muito bem feito e imperceptível, mostrando cenários extremamente belos e coloridos, outra marca dos Guardiões. Tive a oportunidade de ver em IMAX e isso tornou a experiência ainda melhor.

O único adendo é o papel de Adam Warlock. O personagem é pouco explorado e tinha muito mais potencial, porém acredito que esta foi somente uma introdução e ele poderá ter mais desenvolvimento em futuros filmes. Além disso, ele não era o foco principal do filme, somente um motor para algumas situações. Mesmo assim, Will Poulter está muito bem como o personagem.


Por fim, Guardiões da Galáxia 3 encerra um ciclo de forma grandiosa, tornando-se uma despedida agridoce. Enquanto há esperanças de um futuro filme, ou pelo menos participações, sabemos que Guardiões da Galáxia nunca será o mesmo sem James Gunn!

E sim, o céu realmente é lindo!

Mavi Tartaglia



domingo, 7 de agosto de 2022

sábado, 23 de abril de 2022

Crítica Animas Fantásticos: Os segredos de Dumbledore

Animais Fantásticos: Os segredos de Dumbledore




Depois de um longo percurso, adiamentos, troca de elenco, pandemia, finalmente o novo filme do universo bruxo de Harry Potter estreou. A expectativa era alta e baixa ao mesmo tempo. Baixa pelo fracasso do filme anterior, alta de que algo pudesse ser feito para salvar a franquia.

Em Os Segredos de Dumbledore, o professor Alvo Dumbledore (Jude Law) sabe que o poderoso mago das trevas Gellert Grindelwald (Mads Mikkelsen) está se movimentando para assumir o controle do mundo mágico. Incapaz de detê-lo sozinho, ele pede ao magizoologista Newt Scamander (Eddie Redmayne) para liderar uma intrépida equipe de bruxos, bruxas e um corajoso padeiro trouxa em uma missão perigosa, em que eles encontram velhos e novos animais fantásticos e entram em conflito com a crescente legião de seguidores de Grindelwald. Mas com tantas ameaças, quanto tempo poderá Dumbledore permanecer à margem do embate?


O que podemos esperar do terceiro filme


O filme melhorou consideravelmente em relação à Os Crimes de Grindewald, mas não foi o suficiente. A história toda parece uma grande enrolação ao invés de ir direto ao ponto, a luta de Grindewald e Dumbledore. Muitos personagens e plots apresentados nos filmes anteriores ficam soltos e sem uma história concreta: não sabem o que fazer já que foram apresentados, mas também não tem motivos o suficiente para continuarem como principais.

O foco da franquia agora é a Primeira Guerra bruxa, mas a construção está sendo lenta e os personagens principais quase sem espaço. A verdade é que os roteiros parecem perdidos, preenchendo tempo com qualquer coisa para chegar no que estamos interessados.

A nova saga, que pretende ter cinco filmes, não funciona nesse formato. Onde Habitam tinha um protagonista que não funciona mais como personagem central. Estão arrastando uma narrativa e deixando os filmes enfadonhos, colocando mais personagens do que conseguem lidar.

A verdade é que Animais Fantásticos devia ter sido concebido desde o início como uma trilogia. Três filmes seriam o suficiente para mostrar toda a história de Dumbledore e Grindewald, que já teve umas pinceladas na franquia principal do mundo bruxo, Harry Potter. Mais filmes só trouxeram personagens e plots que ficaram perdidos e sem sentido em meio ao enredo principal que a autora queria apresentar.

Em meio a isso tiveram ainda que encontrar uma explicação para a história de Credance de forma que o que foi contado nos livros não fosse jogado fora, mas ainda manter o personagem no filme. Um dos segredos de Dumbledore nunca foi um segredo, o que faz perder um pouco o intuito do nome escolhido.

Além disso, o filme ainda sofre com um ritmo inconstante, lento demais em algumas partes, demorando para chegar ao seu ápice e o momento que vale o ingresso.

O lado positivo


Apesar de tudo, o filme tem seus momentos bons. Todo o visual é ricamente construído e mais uma vez ficamos encantados com o cuidado em criar as criaturas fantásticas que rondam esse mundo. A perfeição é tanta que queremos pegar aqueles seres no colo e os conhecer.

O outro grande acerto é o elenco, que mesmo com um texto mediano, conseguem tirar o melhor dele. Os atores já conhecidos em seus personagens voltam com carisma, principalmente Jacob. Jude Law se encaixa perfeitamente no papel do jovem Alvo Dumbledore e Mads Mikkelsen trouxe um tom mais sério e fascínio ao retratar sua versão de Grindewald.

Ao fim, a franquia só se salva pela nostalgia e apego que foi gerado com o primeiro filme, ainda o melhor. Se tivesse sido parado ali, não faria diferença.

Ótimos personagens e enredos acabaram sendo desperdiçados por roteiros preguiçosos e sem aprofundamento. J.K. Rowling que teve tanto cuidado em construir esse mundo nos livros e nos filmes Harry Potter parece perdida e sem se importar em enriquecer seus personagens que ainda geram tanto carinho – o que não podemos dizer o mesmo da autora.

terça-feira, 8 de março de 2022

Resenha Cidade da Lua Crescente: Casa de Céu e Sopro

Finalmente a resenha do livro que deixou todos chocados com o final! Deixe seu comentários do que achou e me siga nas redes sociais para novidades!

Guardiões da Galáxia Vol. 3 - Uma despedida agridoce

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